A ARTE DE ENVELHECER
(texto do Momento Espírita
impresso do site: momento.com.br)
Conta um jovem universitário que,
no seu primeiro dia de aula, o professor se apresentou e pediu que todos
procurassem conhecer alguém que não conheciam ainda.
Ele ficou de pé
e olhou ao redor, quando uma mão lhe tocou suavemente no ombro. Deu meia
volta e viu uma velhinha enrugada, cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser.
Ela lhe falou sorrindo: “Oi, gato. Meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos.
Posso lhe dar um abraço?”
O moço riu e
respondeu com entusiasmo: “Claro
que pode!”
Ela lhe deu um
abraço muito forte.
“Por que a
senhora está na Universidade, numa idade tão jovem, tão inocente?” perguntou-lhe o
rapaz.
Rindo, ela
respondeu: “Estou aqui para
encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos, e logo me
aposentar e viajar.”
“Eu falo sério”, disse seu jovem colega. “Quero saber o que a motiva a enfrentar esse desafio na sua
idade.”
Rose respondeu
gentil: “Sempre sonhei em ter uma
educação universitária e agora vou ter.”
Depois da aula,
ambos caminharam juntos, por longo tempo, e se tornaram bons amigos.
Todos os dias,
durante os três meses seguintes, saíam juntos da classe e conversavam sem
parar.
O jovem
universitário estava fascinado em escutar aquela "máquina do tempo". Ela
compartilhava com ele sua sabedoria e experiência.
Durante o
curso, Rose se fez muito popular na Universidade. Fazia amizades onde quer
que fosse.
Gostava de se
vestir bem e se alegrava com a atenção que recebia dos outros estudantes.
Ao término do
último semestre, Rose foi convidada para falar na festa de
confraternização. Naquele dia, ela deu a todos uma lição inesquecível.
Logo que a
apresentaram, ela subiu ao palco e começou a pronunciar o discurso que
havia preparado de antemão. Leu as primeiras frases e derrubou os cartões
onde estavam seus apontamentos.
Frustrada e um
pouco envergonhada, se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:
”Desculpem que esteja tão nervosa. Não vou poder voltar a colocar
meu discurso em ordem. Assim, permitam-me simplesmente dizer-lhes o que
sei.”
Enquanto todos
riam, ela limpou a garganta e começou:
“Não deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos
porque deixamos de brincar.
Há alguns segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar.
Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias.
Temos que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal,
começamos a morrer.
Há tantas pessoas caminhando por aí, que estão mortas, e nem sequer
sabem!
Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm
dezenove anos e ficam um ano inteiro sem fazer nada produtivo, se
converterão em pessoas de vinte anos.
Se eu tenho oitenta e sete anos e fico por um ano sem fazer nada de
útil, completarei oitenta e oito anos.
Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para
isso. O importante é amadurecer, encontrando sempre a oportunidade na
mudança.
Não me arrependo de nada. Nós, de mais idade, geralmente não nos
arrependemos do que fizemos, mas do que não fizemos.
E, por fim, os únicos que temem a morte são os que têm remorso.”
Terminou seu
discurso cantando “A rosa”. Pediu a todos que estudassem a letra da canção
e a colocassem em prática em suas vidas.
Rose terminou
seus estudos e, uma semana depois da formatura, morreu tranqüilamente,
enquanto dormia.
Mais de dois
mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres, para render
tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou, com seu exemplo, que nunca é
demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode e deve ser.
* * *
O importante
não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabedoria em todos os
momentos que os anos nos oferecem.
Afinal,
envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional.
Pense nisso!
Texto da
Redação do Momento Espírita, baseado em história de autor ignorado.
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